3 da madrugada. Um frio moderado acompanha a nossa saída do campo base em direcção ao campo 1, ou base avançado. Atravessamos o enorme glaciar que vence quase mil metros de desnivel. Formamos uma cordada de três. Acompanha-nos Dirk, um simpático alemão que se juntou a nós para cruzar o glaciar em segurança.
Dias antes, uma equipa internacional, com o objectivo de abrir uma nova via no Gasherbrum III, tinha já marcado todo o trilho. Foi um trabalho que lhes ocupou vários dias, devido a desfavoráveis condições de neve e às labirinticas caracteristicas do glaciar.
Aqui fica o nosso agradecimento a esta equipa, que facilitou imenso o acesso, a todos os que pretendem escalar os Gasherbrums.
Relativamente ao ano passado, o glaciar encontra-se (por enquanto) em optimas condições. Não sentimos saudades nenhumas dos ameaçadores blocos de gelo outrora pendiam sobre as nossas cabeças, nem das grandes crevasses, que punham à prova as nossas capacidades atléticas (e mentais!).
Nesta primeira incursão, demoramos sete horas para alcançar o campo 1.
Para curar a caminhada e relembrar a nossa tão rica gastronomia, juntamos ao corriqueiro chá, um belo naco de salpicão. Como se tal não fosse absolutamente compensador, um salmão em molho de tomate e basílio acalmou as nossas mentes (e estômagos) famintos.
A noite não tardou em chegar e decorreu com normalidade, entenda-se normalidade como: a Daniela em (quase) perfeitas condições (não se livrou de uns ataques de tosse, residuos da crise de sinusite) e eu com uma clássica dor de cabeça!
Por volta das cinco da manhã, com o frio a morder-nos os ossos, retornámos ao campo base, onde chegamos muito a tempo de tomar o pequeno-almoço. É incrivel, como as longas sete horas para subir, se transformaram em escassas duas e meia para regressar!
Cá por baixo, voltamos a dedicar-nos à vidinha fácil de campo base, preparando desta forma a próxima etapa da aclimatação, antes de tentar escalar... qualquer coisa!
26/06/09
Aclimatação - Primeira incursão ao campo 1
23/06/09
CAMPO BASE
Que bem que sabe o descanso por estas bandas, e que bem que sabe utilizar novamente o nariz para respirar. As recuperações a esta altitude são mais demoradas mas cremos que estamos com as condições mínimas para darmos um “pulinho” ao Campo Base Avançado ou Campo 1.
Pois é, amanhã por volta das três da madrugada vamos rever o enorme pedaço de gelo que nos separa da verdadeira base do GII, aquele labirinto gigante que outrora tanto tempo e atenção nos absorveu. Desta vez temos uma pequena vantagem, outros já trilharam o caminho com o que, com sorte, basta-nos seguir o rasto de “crampons” e não perder as bandeirolas de vista. Mas, não nos devemos safar a umas boas 7 ou 8 horas até atingir-mos o lugar para repousar os ossos aos cerca de 6000 metros.
Connosco irá também um Alemão com quem partilhamos o Campo Base. Conhecemos já um pouco a peça e faremos seguramente uma divertida cordada de três… o numero que Deus fez!
A meteorologia adivinha-se favorável para os próximos dias, tal como esteve nos dois últimos. Os raios com que o sol nos tem brindado são essenciais para secar o “cuecame”!!!
Daniela e Paulo
21/06/09
Gore II-Shangri-Campo base
Em Gore II mais um acordar sob um gélido manto de neve... Gélido o suficente para os carregadores se recusarem a avançar. Assim, fomos forçados a ter um dia extra de repouso.
A caminhada de dia 19, entre Gore II e Shangri aos 4700 metros, poderia ter decorrido normalmente, se não nos tivessem enchido os cantis com água com um insuportável sabor estranho.
Incompreensivelmente, o nosso staff colocou a água para beber num barril onde antes estivera combustivel, pelo que esta ganhou um inconfundivel sabor a petróleo. A consequencia foram três horas de caminhada a seco com toda a gente a reclamar em Concordia, onde por força das reclamações conseguimos obter alguns liquidos.
Pós Concordia,até ao campo de Shangri, para mim (Daniela) a coisa foi penosa, nem as belas vistas sobre as montanhas foram suficientes para atenuar uma terrivel dor de garganta, presságio de uma grande crise de sinusite!
Entre Shangri e o campo base é que foram elas: um misto entre a desidratação e intoxicação do dia anterior, à mistura com o efeito dos medicamentos contra a sinusite e com a própria sinusite, transformaram o trek final numa verdadeira odisseia, especialmente nas primeiras horas da manhã. Pouco a pouco, fui melhorando, mas ainda assim, o que deveria ter sido uma simples caminhada de 2,5h, transformou-se numa tortuosa viagem de 4h.
O resto do dia, foi para merecido descanso, assim como o dia de hoje...nada melhor para começar a recuperar da narigota inflamada!
O Paulo?
Está muito bem e recomenda-se!
Espero estar como ele dentro de um ou dois dias, para fazermos a primeira incursão no glaciar e assim iniciarmos oficialmente o processo de aclimatação.
17/06/09
Paiju-Urdukas-Gore II
16 e 17-06-2009
Paiju-Urdukas-Gore II
Ontem foi o dia mais longo, de Paiju a Urdukas, 6,5h.
O mau tempo teima em acompanhar-nos e desta presenteou-nos com névoa e flocos de neve. As frescas roupas do ano passado, deram lugar a forros polares e pela noite, a casacos de penas!
As montanhas observam-nos agora com um aspecto invernal, fora do comum nesta altura do ano.
Hoje tivemos um surpreendente acordar. O campo de Urdukas, aos 4000m, despertou sob um fino véu de neve, suficiente para desmotivar os carregadores a iniciar a sua marcha. Finalmente, por volta das 8 da manhã, os mais fortes decidiram-se a começar a marcha motivando os restantes a avançar.
Em poucos instantes, formou-se uma mega caravana de carregadores, salpicados pelos coloridos alpinistas, que se dirigem para os Gasher's e Broad Peak (talvez alguns para o K2).
Desta não tivemos direito às fabulosas vistas sobre o Masherbrum.
Quanto a mim (Paulo), quero deixar uma beijoca de parabéns à Daniela (mesmo aqui ao lado), que faz hoje anos.
Confesso que é a primeira vez que vejo nevar no meu dia de anos!
A caminho de Urdukas, Trango
A chegar a Urdukas, Catedrais do Baltoro
A caminho de Goro II, Masherbrum
Gasherbrum IV
15/06/09
Skardu-Askole-Johla-Paiju
12 a 15-06-2009
Tudo este ano está diferente, o comum com 2008 é apenas o percurso.
Entre Skardu e Askole, a viagem decorreu com uma inesperada tranquilidade e um inesperado conforto, mas... ao contrario do ano passado, já não somos dos primeiros da época, outras expedições coincidem com a nossa nas jornadas até à base das montanhas.
Os 40 carregadores de 2008, são hoje mais de 500, repartidos pelos diversos grupos. Encontramos Askole, Jhola e Paiju, transformados num antro de tendas e confusão, apesar de dizerem que este ano, o assédio ao Karakorum é muito inferior.
Longe vai a tranquilidade do ano passado.
A temperatura, está bastante mais baixa, desta vez ideal para caminhar.
Os picos, bastante mais nevados, o que faz despertar a nossa curiosidade... qual o aspecto dos Gasherbrum`s?
Desta, em Paiju houve realmente a tradicional e barulhenta festa de carregadores, à qual se juntaram alguns ocidentais.
Hoje, descanso merecido, não pelo cansaço físico, mas pela cabeça pesada, resultado da ultima noite de barafunda!
14/06/09
12/06/09
11/06/09
09/06/09
A Islamabad já chegámos, após longas horas de voo, esperas nos aeroportos...e alguma fome :).
Ainda com o sono...mal amanhado, vamos sair daqui para Skardu ainda esta noite de carro (...que azafama!). A ideia é fazer a viagem directamente até Skardu, ou seja, esperam-nos cerca de 26h de viagem pela Karakorum Highway (que de verdadeira highway não tem nada!) até à capital do Baltistão.
Depois, está prometido um dia de semi-descanso e duas noites para recompor os sonos.
Curiosa foi a nossa passagem pelo aeroporto de Londres, em que ao pequeno almoço, as primeiras palavras que escutamos foram em português "ouve lá, não sou nenhuma palhaça", dizia uma das pessoas que estava a servir para um outro! Claro que ao ouvir isto, em vez do tradicional "Excuse me", recorremos ao "Por favor"...muita sorte não dizermos "Olha lá, ò meu!".
Por agora é tudo, mais novidades de Skardu...em princípio.
Até breve...
08/06/09
Partida
03/06/09
Está quase...quase quase...já não contamos os dias mas as horas.
Às 18:35 de Domingo (7 de Junho), entramos no avião para Londres, iniciando assim o percurso que nos levará ao sopé do Gasherbrum II.
We’re almost going...we’re already not counting the days, but the hours.
At
Após 1 ano o nosso sonho volta a transformar-se em realidade. Não foi fácil percorrer os dias que nos separaram desta aventura. Não foi fácil, mas passamos por eles cheios de entusiasmo e a acreditar sempre que era possível voltar (apesar de vermos as nossas carteiras cada dia mais vazias, já que desta, a expedição saiu-nos financeiramente do bolso...todinha!).
After one whole year our dream came true. It was not easy to go by the days separating us of this adventure. It was not easy, but we lived them with enthusiasm, and believing at all times that it would be possible to go back (even when our wallets where getting more and more empty everyday, since we paid ourselves for this expedition…all of it!).
Relembro uma frase de um livro do Luís Sepúlveda, que desde que a li permanece na minha cabeça “Só consegue voar quem se atreve a faze-lo”.
Esta simples frase resume o percurso percorrido até aqui. Foi a acreditar e a trabalhar para este projecto, que o vamos conseguir realizar.
I now remember a sentence I once read in a Luís Sepulveda book, “It can only fly, the ones who dare to try it”.
This simple sentence explains all the way we’ve been to get here. It was believe and working hard for this expedition that we can now go for it.
Quebrando o romantismo e passando ao prático, deixamos aqui o programa de festas, para que saibam mais ou menos por onde andamos. Claro está que a coisa não é linear, nestas aventuras impera o planeamento à vista...mas cá vai (desculpem ir só em inglês, é que este é o plano escrito pela agencia que nos acompanha até ao campo base...já não tenho cabeça para traduzir tudo para português):
We now paste the approximate party program, so that you know more or less where we are. Of course this can change, in this kind of adventures one cannot plan it all, but here it goes…
PRÓXIMAS NOVIDADES...JÁ DO PAQUISTÃO!
(O dia 1 será 9 de Junho, dia em que chegamos a Islamabad. Dia 11 de Agosto, voamos de volta a Portugal)
(Day 1 will be 9th of June, when we will arrive in
DAY 01 & 02 ARRIVAL
Upon arrival met and transfer to hotel in
DAY 03 RAWALPINDI/SKARDU
Fly to Skardu, If unable to fly, same day we will drive to Skardu 2300m, spending a night in Chilas.
DAKY 04 SKARDU
Emergency day in case, flight does not operate on day 03 this day will be use to transfer the members by road from Chilas to Skardu. Total drive time from
DAY 05 SKARDU
Final arrangement for the expedition.
DAY 06 SKARDU -TO- ASKOLE
Embark jeeps for a full day ride on a winding jeep trail to Askole 3050m - The last village on our way to the Great Glaciers. Overnight in tents. All meals served by camp staff. Distance 96 Km, Drive 07-08 Hrs. Altitude 3050 M.
Note :-The road to Askole comes undergoing rapid erosion and gets closed quite often. If unable to jeep, the group will disembark & walk to Askole on the same day or camp for overnight (subject to distance).
DAY 07 ASKOLE -TO- KOROPHONE
Today we leave the last inhabited village. For the remaining portion of our journey we rely on our porters who carry our food and equipment for the expedition. After scrambling over a ridge we come across what legend says an old polo field. Passing through a rock gap we cross the Biafo glacier and camp beside its snout at korophone. The Biafo Glacier is a huge river of ice 63 Km long which descends from the central peaks of the Karakoram & flows East into the
DAY 08 KOROPHONE -TO- JHULA
Trek to the Dumurdo river cross at Jhula, (Jhula means wire rope bridge sported by a wooden basket), now a wooden bridge is made cross it & camp beside a torrent facing the Bakhordas. Walk : 03-04 hrs, Grade : Strenuous, Altitude : 3150 M
DAY 09 JHULA -TO- PAIJU
Resume trek along the
DAY 10 PAIJU - Rest Day
Rest & acclimatization day at Piaju. Overnight in tents. All meals served by camp staff.
DAY 11 PAIJU -TO- URDUKAS
Begin trek after an early breakfast. Traverse the junction of Paiju - Baltoro Glaciers through crevasses & lunch below Liligo, the traditional camp under the muddy cliffs with fine views of rock spires. Cross the Khuburse torrent early morning and ramble over two glacier moraines to reach the grassy slopes of Urdukas offering splendid views of the Trango, Uli Biaho & Bial Groups. Overnight in tents. All meals served by camp staff. Walk : 06-07 hrs, Grade : Moderate, Altitude : 4130 M
DAY 12 URDUKAS -TO- GORO
A long walk on the icy Baltoro Glacier. Traverse the Yermanandu Glacier which flows down from
DAY 13 GORO TO CONCORDIA
After an early breakfast, resume a long walk on the Baltoro Glacier to a point called Concordia - a huge junction of
DAY 14 CONCORDIA REST DAY
Final day of trek to
DAY 15 CLIMBING
DAY 56 CLIMBING
41 days of non guided climb will start from today. During the climbing period our staff will be at base camp to help and assist you.
DAY 57 TREKKING BACK TO ALI CAMP
After an early breakfast leave the
DAY 58 ALI CAMP -CROSS GONDOGORO PASS- KHUSPANG
A very early start as early as 2 or
DAY 59 KHUSPANG -TO- SHAICHO
After a couple of minutes of easy walk we will comes onto the glacier. You pick your way across moving boulders and ice, finally crossing the glacier up to the camping site to reach Dalsangpa, meaning 'field of flowers', lives up to its name. It is a beautiful campsite at about 4,150 meters, set between two lakes, with
Continue your trek along the path goes down hill to the summer settlement called Shaicho, a large shepherds settlement with its won mosque, now here you can find a hotel and mountaineering equipment shop. This is the traditional camp among the forest of juniper, cedar and willow trees with giant bushes of wild roses and a good water supply. Walk : 07-08 hrs, Grade : Moderate, Altitude :.
DAY 60 SHAICHO -TO- HUSHEY
After breakfast continue your walk along the Hushey river on a easy path. Upon arrival camp near the fields in Hushey village. An easy day will bring you to Hushey village. Evening free. Overnight in tents.
DAY 61 HUSHEY -TO- SKARDU
AM : Embark jeeps for a full day ride on a winding jeep trail to Skardu. Upon arrival transfer to your chosen hotel. All meals included.
DAY 62 SKARDU - RAWALPINIDI
Early in the morning fly to
DAY 63
Upon arrival transfer to your hotel in
If unable to fly on day 62. this day will be use to transfer from Gilgit to
DAY 64
De-briefing at Ministry of Tourism
DAY 65 FLY BACK HOME
Transfer to airport for your onward flight to abroad.
End of our services
01/06/09
Pois é, este um post mais delicado, pois não queremos esquecer ninguém!
Por isso, aos que se sentirem esquecidos, o nosso obrigado pela amizade e pelo apoio que nos têm sempre dado.
No último fim-de-semana, ao verificarmos as ligações entre PDA e telefone satélite, encontramos alguns mails que nos enviaram no final da última expedição (sim sim, a dos Gasherbrum’s) e que ainda não tínhamos lido.
Um deles vinha da Teresa Leal e do João Gaspar e datava de dia 15/08/2009, aqui fica um excerto:
“.....Nem sei se vêm estes mails e os outros que vos enviámos mas, estamos MUITO FELIZES por ter noticias vossas. Pregaram-nos cá um susto... sabíamos que nada de grave poderia ter acontecido mas, tantos dias sem noticias... e tantos dias lá em cima..., depois ocorreu-me a única hipótese possível na minha cabeça: “o telefone satélite avariou e não podem comunicar, é só isso, nada mais”... o Grillo ia sendo a central de informações e mal disfarçava a preocupação de não ter noticias. Já andávamos em brain storming a desenhar um plano de comunicação, informação, pesquisa, procura, qualquer coisa, quando recebo dele a mensagem: “soube agora que chegaram ao campo base e que estão bem!” –nas primeiras palavras senti um alivio, algo físico que desceu pelas costas...”
É tão bom ler estes mails, fazem com que regressemos àquelas montanhas ainda com mais vontade, mais motivação e mais felizes. É assim o apoio dos amigos, é muito bom saber que mesmo longe, estão sempre perto de nós.
Um grande obrigado...
- Miguel Grillo e Ema, muuuuuuiiiiiiiiito obrigado pela vossa sempre presente amizade e apoio e pela ajuda que vão dar na manutenção deste blog.
- Um enooooormeeeee obrigado a um Mouro especial, um Lisboeta de primeira, o “Mister” António Cabral, que continua a treinar-me para que lá por cima, ande cada vez mais e arfe cada vez menos (é preciso uma certa paciência para te aturar, mas quem se mete nas montanhas, tende a cultivar este dom ehehehe). Treinador e amigo, é o que se quer! :) Melhor é difícil!
- Um “Obrigado Carágo!” ao Pedro Guedes e à Espaços Naturais, que para além da amizade, sempre nos apoiou com material. Pedro, desta não recorremos a ti de uma forma directa para a expedição, porque já tínhamos o material que nos ofereceste o ano passado – o fato de plumas deu para o Paulo um bom pijama de altitude (e não só :) ).
- Bruno Gaspar (Brunex para os amigos) e Clube de Montanhismo da Figueira da Foz, levamos a t-shirt verde que vocês tão bem conhecem!
- Miguel Vila e João Cunha, colegas que me aguentam dia após dia após dia após dia... Que seria de mim sem o vosso apoio!!!
- Viaponte, a empresa onde trabalho, por respeitar e permitir a concretização destes sonhos.
- Mário Pardo e Sara, por uma ajuda de ultima hora ;)
- Aos pais Teixeiras e Roxos, por nos porem no mundo, por nos aturarem, por se preocuparem, por ficarem felizes quando sorrimos, por nos fazerem como somos. Bem sabemos que serão 2 meses de preocupação...esse peso partilhamos convosco, mas breve estaremos todos juntos novamente.
A todos os que aqui não constam, mas que sabemos que estão perto e levamos no coração.
Pelas serras do Karakorum, convosco vamos formar a mega cordada mais bonita do planeta, a cordada da amizade.