A Daniela aos 6000 metros com o GII atrás.
Daniela at 6000 m, with GII on the back.
O Gasherbrum II, com 8035 metros encontra-se na cordilheira do Karakorum, na Republica Islâmica do Paquistão.
O nome foi atribuido pelo povo Balti e a montanha é a segunda em altitude do grupo das “montanhas brilhantes”.
A primeira ascensão foi realizada pelos Austriacos Larch, Wilenpart e Moravec em Julho de 1956 após quase três meses de expedição.
Gasherbrum II (8035m) is located in the
The name of this mountain was given by the Balti people, and it is the second highest mountain in the group of the
The first ascent was done by the Austrians Larch, Wilenpart and Moravec, in July 1956, after almost 3monthes of expedition.
O espectacular Chogolisa, durante a marcha de aproximação ao campo base.
The spectacular Chogolisa, seen during the trekking to base camp.
A escalada foi realizada pela aresta sudoeste, hoje adoptada como via normal da montanha.
A segunda ascensão foi protagonizada pelos internacionalmente famosos alpinistas Franceses, Marc Batard e Yannick Seigner, passados 19 anos da conquista da montanha.
Estes escolheram o esporão Sul para a sua escalada de 1975.
Desde então, essa via ficou conhecida como: “Esporão dos Franceses”.
They climbed by the southwest spur, that is now the normal route.
The second ascent was done by the internationally famous French alpinists, Marc Batard and Yannick Seigner, 19 years after the first climb of the mountain.
Na época de 2008, depois de aclimatar na via normal até aos 7000 metros, tentámos escalar o Esporão dos Franceses em estilo alpino. Entrámos pela linha que nos pareceu mais óbvia e segura, pela direita de uma grande torre de rocha, continuando por uma aresta muito afiada que conduziu a outra aresta inclinada antes de instalar-mos a tenda numa plataforma (que tardámos quatro horas a cavar!) aos 6500 metros.
In 2008, after acclimatizing in the normal route reaching 7000 m, we tried to climb “The French Spur” in alpine style. We began our ascent following the way that looked more obvious and safe, we climbed a face on the right-hand of a great rock tower, and then a very sharp crest that lead to another. We managed to camp (after spending 4 hours to dig a small platform) at 6500m.
Na "aresta afiada".
On the sharp crest
Até aí, a escalada revelou-se mais dura que o calculado. Por várias vezes tivemos de montar reuniões no gelo e proteger determinadas passagens. No entanto, estávamos decididos a continuar até receber a mensagem do Vitor Baía que nos informava que a frente de mau tempo tinha-se adiantado relativamente ao previsto.
A "aresta afiada" vista de cima.
The sharp edge as seen from above.
No dia seguinte, uma travessia horizontal exposta de escalada mista, com uns 60 metros, demorou-nos mais de duas horas a realizar.
Contas rápidas determinaram que era-nos impossivel alcançar o cume antes do mau tempo cair sobre as montanhas.
Abortámos assim, a nossa tentativa destrepando e rapelando directamente, desde o ponto em que desistimos.
On the second day, a horizontal and exposed traverse involving mixed climbing in rotten rock, with about 60m, took us 2 hours to go through.
We then realised that it would be impossible to reach the summit without being caught by the bad weather.
So, we aborted our attempt and downclimbed and rappelled directly to the glacier, right from the point where we were.
Momentos antes de desistir.
Moments before starting our descent.
De volta a casa e, após alguma investigação, descobrimos que não existem referências de expedições terem entrado na via pela direita da torre rochosa inicial. Sem o saber, acabámos por inaugurar uma variante de entrada ao Esporão dos Franceses.
Este ano retornamos à mesma via.
O nosso plano consiste em, mais uma vez, aclimatar na via normal do GII e posteriormente, tentar a ascensão do Esporão dos Franceses em estilo ligeiro.
Back home, after some investigation, we found out that there was no info. about any expedition starting to climb that line where we started. Without knowing, we had just opened an entry variant on “The French Spur”.
This year, we decided to try that line again.
Our plan is, once again, acclimatize on the normal route of GII and then go for “The French Spur” light style.
Um aspecto curioso é o facto de a linha que sonhamos escalar, estar intimamente ligada ao nascimento da Daniela.
No dia 17 de Junho de 1975 Marc Batard e Yannick Seigner preparavam-se para iniciar a escalada que os levaria ao cume do GII, através do esporão sul, nunca antes subido.
Por cá, mais ou menos pela mesma altura, tendo em conta a diferença horária, a Daniela anunciava o seu nascimento, chorando a plenos pulmões.
Quase 34 anos volvidos, contamos os dias que faltam para regressar.
A curious aspect is the fact that, the line that we dream to climb is intimately related to Daniela’s birth.
On the late hours of the 17th of June of 1975, Marc Batard and Yannick Seigner were getting ready to start the climb that would lead them to the summit of GII (accomplished on the 18th of June), following the south spur, never climbed before.
At about the same time, taking in account the different timetables, Daniela was born, crying out loud for the first time.
Almost 34 year later, we are counting the days to go back there.
Paulo Roxo
Entregaste a idade da Daniela??
ResponderEliminarIsso não se faz com uma dama, rsrsrs...
Muito boa sorte em sua ascensão!!!